O Planejamento
O planejamento sobre a possível viagem foram dois meses. Somente conversa
e vendo as fotos do meu amigo. Bem superficial.
Mas tudo foi desenrolado em três semanas. Todo o apronto operacional. Convidei
várias pessoas para ir comigo, porem, motivos como dinheiro e tempo, contribuíram
para minha ida só.
O fato de ir só não me abalou. Até agora antes da viagem, só vai me
prejudicar em dois aspectos: Como vou bater minhas fotos; e várias cabeças
pensam melhor que uma, vendo pelo lado que estamos em terreno desconhecido.
O meu amigo me ajudou em tudo dessa viagem: na rota, nos melhores hotéis
e restaurantes, nos pontos de visitas, nos passeios, etc.
Invés de comprar as passagens direto na operadora, que iria sair bem mais
caro (em torno de R$ 1.600,00), por orientação do meu amigo Geraldo comprei milhas
aéreas que encaixou direitinho no meu
roteiro, tive a oportunidade de conhecer outros lugares do peru e do Norte do
Brasil, e de quebra economizei R$ 460,00 (porque comprei as milhas por R$
1.140,00).
Geraldo me falou o percurso que ele fez. Ele saiu do Brasil por Corumbá -
BR, cruzou a Bolívia, entrou no Peru e foi até Machu Picchu – PE, depois
fazendo todo o trajeto de volta até Corumbá – BR.
Resolvi fazer diferente. Coloquei no trajeto algumas cidades que ele não
tinha conhecido como também resolvi retornar pelo ao Brasil pelo Acre – BR. Com
isso iria ganhar tempo, dinheiro e iria conhecer parte do Acre antes de voltar
a Natal - RN.
Depois de escolher a rota e comprar as passagens, era a hora do apronto
operacional.
Peguei a relação de todos os documentos necessários com Geraldo (não
precisa de passaporte, devido um acordo de livre trânsito no MERCOSUL), imprimi
e organizei numa pasta que iria levar na viagem, contendo todos os documentos,
relatórios, trajeto e rotas alternativas, locais a ser visitados e onde ficar,
enfim, um manual de sobrevivência durante toda a minha viagem que a batizei de:
Expedición America Del Sur.
Fui ao shopping cambiar o dinheiro, aproveitei para comprar o Money Belt
(R$ 35,00), remédios (R$ 101,00) e lanches para a viagem (R$ 55,00). Depois fui
a Secretaria Estadual de Saúde para pegar minha carteira internacional de
saúde.
Quase todas as noites estava na casa de Geraldo tirando duvidas sobre a
viagem.
Na ultima semana não tive muito tempo para resolver as coisas devido está
de serviço onde trabalho. Também era a ultima semana da faculdade e ensaio para
o desfile de 7 de setembro. Nos últimos dois dias que resolvi tudo.
Com isso, quero dizer que quando se pega tudo mastigado, não se tem
dificuldade para realizar seus sonhos.
E sempre fica mais fácil. Porque peguei a experiência do meu amigo.
Agora, a experiência dele está sendo confirmadas e melhoradas por mim e quando
você for, vai melhorar para os outros.
No final, vão em anexo todos os gastos, material que levei e outras
informação.
Lembrem-se:
´´A aventura pode ser louca, o aventureiro não´´
A Expedição
1º dia: Natal-RN, 10Set2008.
Sai de casa por volta de meia noite e no caminho da casa de pai parei
para lanchar. Chequei na casa de pai às 00h50´, imprimi meu roteiro, falei com
meu irmão Marcelo por telefone e tomei aquele banho quente. Saímos com destino
ao aeroporto. Chegada e embarque tranqüilos.
Às 06h10´ acordei antes do avião pousar e me deparei com um lindo nascer
do sol.
Chegada tranqüila em Guarulhos-SP às 06h21´.
Fiquei esperando no saguão do aeroporto de Guarulhos comendo meus lanches
(pois os lanches no aeroporto eram muitos caros) e lendo meu guia de
conversação de espanhol. Às 08h10´ já estava embarcado para seguir à Campo
Grande-MS. De modo que só conheci São Paulo do alto (de avião).
Até aqui, não encontrei nenhum sinal de mochileiros. Também pude observar
e constatar que o céu de São Paulo (Guarulhos) é realmente cinza.
Também notei a maior presença de estrangeiros nesse vôo.
Saímos com atraso de 15´ às 09h15´.
Tive a impressão que as nuvens são mais baixas em São Paulo.
Obs: as aeromoças desse vôo eram muito gatas.
´´Na natureza nada se destrói, tudo se transforma´´. O senhor do meu lado
não quis o lanche que foi servido e me deu... assim vou escapando... kkk
Chegando a Campo Grande-MS observei a presença de muitos pastos (áreas
desmatadas), provavelmente para pecuária. Foi informado pelo comandante do vôo
que estava fazendo 31ºC em
Campo Grande. Bom!!!
A cidade de Campo Grande, na primeira impressão, é uma cidade muito
pequena. O aeroporto é bem menor que a rodoviária de Natal-RN. Nada de muito
interessante.
Ainda nenhum sinal de mochileiros.
Nem lugar para se fazer uma refeição legal tinha na cidade. Estou
escapando com barra de cereal, biscoitos, os kit lanches do avião e os
repositores energéticos que ganhei na corrida de aventura.
Nos horários vagos sempre fico vendo minha planilha do roteiro da viagem,
que até agora está dando tudo certo, e lendo o guia de conversação de espanhol
para não fazer feio.
Embarquei às 12h15´ no avião da Trip Linhas Aéreas (muito bom, mas
balança muito) com destino a Corumbá-MS. Às 12h50´ foi servido o almoço. Gostei
muito e fiz até uma lavação: repeti, kkkkk. Pensei se me alimentasse bem agora
iria economizar tempo e dinheiro em Corumbá, pois pelo cronograma, quando
chegar tenho que ir direto à fronteira,
Oh cidade quente... 36ºC (na sombra).
Cheguei às 13h20´ do dia 10set2008. Foi uma boa viagem.
Corumbá do alto é muito bonito, seus rios e charcos. Bati muitas fotos.
Pantanal! Brasil!
A partir daqui tudo piorou. No apronto operacional com o velho Gera
(Geraldo), a primeira coisa que ele falou que tudo podia evoluir. Eram países
instáveis. Quando cheguei, a surpresa. Uma tensão na fronteira, o Evo Moralles
mandou fechar por problemas internos na Bolivia. O trem da morte estava parado
e ninguém podia ir para Santa Cruz de La Sierra-BO. Fiquei
irado porque de cara gastei R$ 20,00 de taxi para ir a fronteira e os
bolivianos também não gosta de brasileiros.
Já ia voltando para Corumbá quando encontrei um grupo de três gaúchos:
Fernando, Isabel e Denise. Fui logo puxando conversa e como eles estavam
entrando na Bolívia por um caminho alternativo, resolvi ir e dá uma volta em Puerto Quijarro. Tomamos
umas cervejas Paceñas (R$ 5,00) e batemos umas fotos.
Eles eram desenrolados no espanhol e tiraram umas duvidas com os
bolivianos.
Ficamos conversando e eu imaginando aonde iria dormi em Corumbá. Fiquei de
mandar as fotos para eles via e-mail. Pegamos um ônibus (R$ 1,75), que com
certeza foi bem mais barato que o taxi, e voltamos para Corumbá.
Eles me informaram algumas pousadas para passar a noite e fiquei só de
novo. Dei uma volta na cidade e achei um hotel (R$30,00) onde irei passar a
noite. Paguei, deixei minhas coisas no quarto (que não era essas coisas todas)
e sai para jantar. Jantei em um restaurante que tinha um PF (prato feito)
operacional (R$ 5,00) e depois fui a Net (R$ 3,00) .
2º dia: Corumbá - MS, 11Set2008.
Acordei, tomei café e fui para a fronteira (R$ 1,50). Chegando lá nada
tinha mudado. A fronteira e os bolivianos irônicos dom mesmo jeito. Tentei ver
com eles (Policia de Fronteira) algumas possibilidades de entrar e continuar
minha viagem mas nada feito. Voltei para Corumbá (R$ 1,50), e fui conhecer um
pouco da cidade.
Uma cidade pequena e muito quente. Fui na praça da independência, bati
umas fotos e comprei um jornal local (R$ 1,50) para ver como está a situação da
fronteira. Conheci um pouco do pantanal, procurei alguns passeios turístico na
cidade mas não tinha nessa data. Fui ao supermercado e comprei água e frutas
(R$ 9,00) e voltei para o hotel.
Falei com pai para ele ligar para a mulher das milhas (passagens aéreas).
Ele me retornou dizendo que ficava inviável porque as passagens só eram
emitidas com sete dias de antecedência.
Almocei, acertei mais uma diária (R$30,00) na certeza que no outro dia
estaria melhor na Bolívia. Fui para Lan House do hotel e falei com pai e uns
amigos. Fiz umas pesquisas de rotas secundárias e pensei em entrar na Bolívia
pela Argentina ou pelo Paraguai, ou como ultima opção subir para o Acre que era
o local que iria sair.
As duas primeiras se tornaram inviáveis porque como estava sem muito
acesso aos telejornais, não sabia que todo o problema teria começado nessa
região. Explodiram um gasoduto na fronteira da Bolívia com o Paraguai e
Argentina. Fiquei sabendo disso quando falei com pai no MSN (menseger).
Então só restava subir para o norte indo até o Acre que seria o local
onde iria sair.
Realizei uma T.A.I. (Técnicas de Ações Imediatas) para deixar marcado
esse momento. Foi a partir daí que tudo mudou. Todos os meus planejamentos
feitos até o momento foram por água abaixo. Tive que manobrar toda minha rota,
finanças e tempo para poder sanar esse problema que já perdurava por dois dias.
Me despedi de todas as pessoas que estava falando pelo MSN (fui até um
pouco grosseiro mas eles com certeza iriam entender), acertei um percentual com
o dono do hotel (já que já tinha pago), peguei minhas coisas no quarto e por
sorte, o dono do hotel me deu uma carona até a rodoviária.
Quando cheguei na rodoviária o ônibus já estava saindo. Comprei logo a
passagem para Campo Grande – MS (R$ 75,00). O ônibus saiu as 15hrs. No trajeto,
que foi tranqüilo, pude observar a fauna e a flora do Pantanal. Vi um ninho
enorme com dois Tuiuiús em uma arvore na
beira de estrada. Paramos para jantar e comi pão de queijo (que estava uma
delícia) com cerveja (R$ 9,00).
Cheguei em Campo
Grande – MS às 22h15´ e comprei logo a passagem para Porto
Velho – RO (R$ 249,00). O ônibus também já estava saindo às 23hrs.
Estava com pouco dinheiro em real (R$ 33,00). Fui no banco 24hrs e estava
fora do ar. Embarquei e a solução foi racionar dinheiro até Porto Velho – RO.
Eram 36hrs de estrada pela frente. Tinha comigo água, frutas, biscoitos,
complementos alimentares e R$ 33,00 para safar a onça na viagem. Mas, pelo
menos, economizei na estada desse dia.
Adormeci.
3º dia: Rondonópolis - MT, 12Set2008.
Acordei às 6h15´ e estávamos em Rondonópolis – MT. Paramos 10 minutos na
rodoviária para trocar de motorista e tomar café da manhã. Comi uns pão de
queijo e todinho (R$ 5,00). Entrei no ônibus, escovei os dentes e o ônibus saiu
com destino a Porto Velho – RO.
Vou passar umas 12 hrs em
Porto Velho – RO antes de ir para o Acre. Se tiver sorte, vou
encontrar minha prima Ana Angélica lá.
Cheguei em Cuibá – MT às 9h50´. Tranqüilo a viagem. Também nesse trajeto
conheci um casal de velhinhos que estavam indo para Cárceres – MT e conversamos
muito. Saímos de Cuiabá as 10h30´.
A cidade quase não tem árvores
para fazer sombra. Muito quente Cuiabá.
Paramos numa cidade chamada Várzea Grande – MT às 11h10´ para almoçar (R$
6,00) e sairmos às 12h. Fiquei conversando com um cara no ônibus para passar o
tempo, que só falava em Jiu-jitsu e iria competir em Manaus – AM.
Meu almoço foi dois pão de queijo e duas Skol bem gelada.
Contabilizei 5 cervejas até aqui.
Pegamos um pouco de chuva na estrada.
Paramos para jantar às 20h10´ na cidade de Comodoro – MT. Me alimentei
bem (R$ 7,00) porque estava cheio de comer pão de queijo.
Adormeci e quando acordei já era outro dia.
4º dia: Arequemes - RO, 13Set2008.
Acordei às 6h20´ e estávamos chegando na cidade de Arequemes – RO. A
próxima cidade é Porto Velho – RO onde irei ficar. Cheguei à Porto Velho às
9h40´.
Fui logo ver os horários de ônibus para o Acre. Tinha um ônibus às 12hrs
e outro as 22hrs.
Fui no supermercado comprar frutas (R$ 15,00) e sacar dinheiro para a
próxima viagem que iria durar 8hrs.
Tentei ligar para meu tio pardal que estava na cidade mas não consegui. Falei
com pai, mãe e clarinha, mesmo que rapidamente.
Se tivesse falado com meu tio iria ficar em Porto Velho até a noite
e pegar o ônibus das 22hrs, mas como não consegui, vou direto para o Acre e vou
tentar encontrar uns familiares de uma amiga da minha irmã Juliani, Patrícia.
O mais importante é que nessa parada consegui tomar um banho (R$ 2,00).
Já fazia quase dois dias sem tomar banho... imagina!
Comprei a passagem (R$ 52,00) para às 12hrs com a previsão de chegada em Rio Branco – AC às
20hrs.
Só tinha a última poltrona e o
pior, sentou um travecão que dava dois de mim do meu lado. Kkkkkkkkkk... o quê
que vai acontecer nessas 8hrs? Uiiiii!!!
Chequei em Rio Branco
às 20h30´ e graças a Deus ´´sem alteração´´.
Vou ligar para pai e tentar manter contato com amigos na net. Só devo ir
para a fronteira amanhã.
Não consegui falar com ninguém na Net. Me alojei num quartinho (R$ 10,00)
para passar a noite.
Saí para ir na net mas estava fechado. Na esquina do hotel tinha um
restaurante e tomei uma sopa lá (R$ 4,50).
Fui para o hotel e falei com o dono para me acordar às 5hrs. Às 4h30´ já
estava acordado.
5º dia: Rio Branco - AC, 14Set2008.
Às 4h30´ já estava acordado. Tomei banho e fiz a barba.
Às 5h30´ já estava na rodoviária. Fui na empresa e a passagem era R$
32,00 e duraria 8hrs até a fronteira.
Peguei um taxi lotação (R$ 30,00) até Brasiléia – AC, uma
cidade antes da fronteira. Ficou mais caro, mas o motivo de ter pego foi de não
agüentar mais andar de ônibus e também ganhar tempo, já que iria durar só 2hrs
invés de 5hrs se fosse de ônibus.
Nesse trajeto conheci Cobija – Bolívia. Tirei umas fotos e comprei 06
cervejas paceñas para experimentar. Conheci também na viagem um carioca e uma
boliviana que me ofereceram a estada quando voltasse. Liguei para pai para
saber como estavam as coisas em casa.
Acredito que a partir de agora vou começar a minha expedição a ´´ La
española ´´.
Peguei o ônibus em Brasiléia com destino à Assis Brasil – AC às 12h. O
ônibus era muito fraco (R$ 9,00). No caminho uma senhora sentou do meu lado e
ficou conversando comigo. No meio da conversa ela me disse que eu parecia muito
com um primo dela que havia desaparecido. Depois perguntou se estava de passeio
e eu te falei que estava indo para Machupicchu. Ela ficou feliz pois sua filha
e seu genro tinha acabado de chegar de lá e ela iria pega-los numa fazenda da
família que ficava a 30 km
de Assis Brasil.
Ela me falou da viagem deles e depois me convidou a ir lá e tirar dúvidas
com eles.
No começo resisti por não conhecê-la e até por achar estranho, mas depois
fui pegando confiança e aceitei. Estava chegando a hora do almoço e como ela me
ofereceu o almoço, eu não ira perder a oportunidade de economizar um
dinheirinho. Tinha um risco, não conhecia nada e nem ninguém, mas resolvi
arriscar e colocar um pouco de tempero nessa viagem.
Ela era brasileira e morava na Bolívia, e sua filha em São João Del Rey – MG.
Descemos do ônibus no ´´ Ramal do Alemão ´´. Ramal é como eles chamam as
estradas da localidade.
Ela me disse que iríamos andar até a fazenda, só não disse que seria 6 km por uma estrada que
passava por dentro da selva acreana. E sem contar com o sol que estava a pino.
Fomos conversando e chegamos.
Como de costume, estava todo errado por causa de minha timidez, mas todo
pessoal me recebeu muito bem. Tirei todas as dúvidas possíveis com o casal,
conheci a seringueira e os artesanatos de raiz do tio de dona Sônia, e de
quebra peguei aquele almoço farto da culinária mineira.
Trocamos e-mails e eles ainda insistiram para me deixar em Assis Brasil /
Iñapari – PE (Tríplice fronteira). Me levaram na Polícia Federal, dei entrada
nos documentos e fomos na casa de câmbio trocar dólar por soles peruano (na
época: 1 Dólar = 1,83 Real = 2,80 Soles Peruano). Depois, praticamente me
colocaram dentro do taxi que iria me levar para Puerto Maldonado – PE (S$40,00).
A desconfiança é normal, mas são nessas horas é que sabemos que ainda
existem pessoas com o coração bom nesse mundo.
Agora sim estou no lado espanhol da viagem. Agora estou sozinho nessa
aventura!!!
´´ Ahora,yo tengo que hablar español ´´
Foi engraçado no começo. Minha insegurança no idioma, desconfiança em
todos, o som engraçado do taxi, escutar as pessoas falando e tentar entender
(pois eles falam muito rápido) e minha
timidez tornou ainda mais o cenário engraçado.
Éramos em cinco no carro (2 homens e 3 mulheres). No meio do caminho
entrou uma senhora com uma criança na mala do taxi e com ela trazendo muitas
malas, sacolas e ´´ pollitos´´ (pintos). Imagina a situação que já estava
engraçada!!!
A estrada é muito boa (La carretera Del pacífico) e somente os últimos 60 km ainda não é asfaltada,
mas já estão trabalhando nesse trecho.
Em pontos do trecho, o motorista para na Força Nacional Peruana e deixa
uma relação dos passageiros que estão no carro.
Chegamos a Puerto Maldonado às 19h30´ e passamos uma balsa no rio Madre
de dios até chegar no centro da cidade. Uma balsa parecida com a da Redinha –
RN, só que mais primitiva. Vamos dizer assim, lembrava filmes de guerra no
Vietnã. Foi rápida a passagem.
Na balsa descobri que uma mulher que estava no taxi também falava
português e fiquei conversando com ela um pouco sobre a cidade.
O taxista me deixou no hotel Del Rey (S$ 15,00). Era um lixo, mas como
era só para passar a noite... encarei.
Deixei minhas coisas no quarto (menos o dinheiro) e fui na Plaza Del
armas e na internet, mas só consegui falar com Kaio (S$ 2,00).
Depois fui jantar. Entrei numa padaria e fiquei cismado com a comida. Mas
como não tinha como ficar sem comer, arrisquei uma bisteca com arroz e um suco
de limão (S$ 10,00). Até que estava bom.
Fui para o hotel para tomar banho e dormir. Não consegui tomar banho pois
faltava água na cidade... kkkkkk, só consegui dormir.
6º dia: Puerto Maldonado - PE, 15Set2008.
Acordei e fui tomar logo meu banho. Arrumei minhas coisas, distribui o
dinheiro em locais diferentes e saí.
Fui a praça (Plaza Del armas), bati umas fotos, liguei para casa pois era
o aniversário de mãe e procurei uma agência de vôos e cartão postal (não
encontrei).
Fui na agência e comprei a passagem para Cuzco – PE (U$ 109,00). Fiquei
conversando com a mulher da agência sobre as cidades e locais para conhecer
(para exercitar o espanhol) e dep0is fui para o aeroporto. Preferi não tomar
café-da-manhã hoje devido a hora do almoço já está chegando. Vou almoçar em Cuzco
– PE.
Agora sim!!! No aeroporto encontrei muitas mochilas nas costas. Me senti
um verdadeiro ´´ mochileiro ´´.
Conheci de perto a palavra ´´ diferença ´´. Tudo era diferente. Todo tipo
de pessoa, idiomas, roupas, etc.
Lanchei e embarquei as 12h10´ e o vôo saiu às 13h.
Do alto, vi as montanhas com neve, no horizonte e chegando em Cuzco, o
relevo acidentado e muito sol (céu limpo).
Chegamos às 13h35´e logo quando desci do avião, senti o mesmo cheiro do
ar quando soltei de pára-quedas.
Também só foi descer do avião que começou a chover. Aproveitei que estava
chuvendo e fui pegar informação no aeroporto. Depois saí e peguei um taxi (S$
5,00) até a empresa Peru Rail para comprar o ticket do trem que irá me levar de
Ollantaytambo à Águas Calientes (U$ 34,00) e depois fui pegar o ônibus para
Ollantaytambo.
Peguei o cartão do motorista, com o seu taxi que parecia uma caixa de
fósforo, para me levar aos lugares quando voltar à Cuzco.
Paguei o ônibus para Ollantaytambo (S$ 5,00) e no caminho fui conversando
com Oscar, um peruano que trabalha no Caminho Inca.
Ele me deu muitas informações sobre o trajeto. Ficamos de tomar umas
paceñas em Cuzco.
O caminho é muito bonito. Muitas montanhas com neve, abismos e aquelas
mulheres vestindo esquisito, as Chullas. Passamos por Urubamba até chegar em
Ollantaytambo.
Chegando em Ollantaytambo, pude observar que ela é uma cidade pequena mas
muito bonita. Tem uma praça no centro e os hotéis e restaurantes ao redor da
praça. Me despedi de Oscar e fiquei batendo fotos.
Fui procurar um hotel para passar a noite, tendo em vista que o trem só
iria sair no outro dia às 12h10´, e só tinha hotel de S$ 40,00. encontrei um de
S$ 15,00 só que estava lotado. O que eu fiquei (Inka Hotel) a Sra foi muito
acolhedora e o custo-benefício valia a pena. Tinha televisão, água quente,
café-da-manhã, edredon, bem caracterizado e ainda teve aquela velha pechincha
brasileira. Saiu por S$ 35,00.
Continuar da pagina 19 do diário.
Anexos:
1-
Material que levei
·
Kit Costura (linha e agulha)
·
Kit Higiene (pasta, escova, desodorante,
barbeador, creme de barbear e sabonete)
·
Kit 1º Socorros
·
Kit Anotação (Caneta e papel)
·
Kit Alimentação
·
Sandália – 01
·
Toalha – 01
·
Lençol – 01
·
Tênis – 01
·
Meias – 03
·
Calça Jeans – 02
·
Cuecas – 07
·
Bermudas – 01
·
Shorts – 01
·
Camisas – 08
·
Boné – 01
·
Gorro – 01
·
Cinto – 01
·
Agasalho- 01
·
Pen Drive – 1
·
Máquina Digital – 01
·
Carregador de pilhas – 01
·
Pilhas – 08
·
Cabo USB da maquina digital – 01
·
Abridor de Lata – 01
·
Perfume – 01
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